quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Polícia apura queixa de aluna do PR que diz ter sido agredida por ser negra

A Polícia Civil investiga um caso de racismo contra uma adolescente de 15 anos que foi agredida dentro de uma escola de Curitiba. A garota diz que sete colegas bateram nela dentro do banheiro do colégio. Segundo a mãe da garota agredida, a adolescente sofre bullying por ser negra.
Veja a reportagem do ParanáTV 1ª edição, da RPC TV Em entrevista ao Paraná TV, da RPC TV, a garota disse que as colegas deram chutes, socos e pularam em cima dela, até ela cair no chão. “Eu sei que saí com o nariz sagrando, todo mundo viu”, contou. A estudante ainda disse que as provocações racistas e xingamentos acontecem há pelo menos cinco meses. Além disso, ela afirma que as colegas se referem a ela como “macaca”.
Depois do episódio de agressão, uma das garotas ainda fez referência à estudante agredida em uma rede social na internet usando o termo “macaca”.Segundo a diretora auxiliar da escola, os pais da garota agredida e da outra estudante que provocou a briga foram chamados para conversar e que tudo havia sido resolvido.
A mãe da garota agredida transferiu a filha para outro colégio e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia do Adolescente. “Quero mostrar pra milha filha que não tem motivo pra ninguém agredir ninguém por ela ser diferente, pela cor dela ser diferente de outras. É muito triste isso”, relatou a mãe.


Para ver o video da reportagem: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1676529-7823-ESTUDANTE+DE+CURITIBA+APANHA+DE+COLEGAS+DENTRO+DA+ESCOLA,00.html
Fonte: Globo.com/Vídeo
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Por esse e outros motivos que eu acho que a obrigatoriedade nas universidades e nas escolas de ter a disciplina de Relações Étnico-Raciais é de extrema importância para que esses casos parem de acontecer!! Um absurdo!

Um comentário:

  1. Thais, muito grave a denúncia! A escola e a Secretaria de Educação do Paraná precisam apurar com rigor o acontecido. O fato só confirma a necessidade de políticas e práticas coordenadas para a melhoria das relações etnicorraciais na escola. Considerei muito importante que a matéria da TV não tenha se referido apenas ao Bullying em seu sentido genérico. O que aconteceu (e as mensagens na internet parecem confirmar a denúncia de racismo) foi racismo e seria muito ruim se fosse camuflado como Bullying. Sigamos acompanhando o caso. Gostei também da referência, na matéria, ao Juizado da Infância e Juventude como instância adequada para enfrentar o ato disciplinar. Afinal, todas as envolvidas são menores de idade e encontram-se sobre o abrigo do Estatuto da Criança e do Adolescente que possui os mecanismos adequados para instruir instituições, familiares e autoridades para agir em situações como esta. Sigamos acompanhando o caso que pode ser exemplar para o avanço que queremos promover nas relações etnicorraciais na escola.

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