quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sistema de Cotas nas Universidades

Cotas para negros, por que sim?


Cartilha de cotas.
cotas
A favor e contra as cotas, infelizmente as pessoas se posicionam facilmente em um dos dois lados, sem conhecerem o que a história nos reservou, e o que realmente os brasileiros precisam para que o Brasil não seja eternamente o pais do amanhã.
Para esclarecer o por quê sim das cotas, o Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas criou uma cartilha intitulada “Cotas raciais. Por que sim?” , no intuito de esclarecer o por quê das discussões sobre cotas para negros em nossa sociedade.
É bem verdade que ao iniciar uma discussão sobre cotas, costuma-se cair no senso comum, no qual se afirma que todos somos iguais, e por isso devemos ser tratados igualmente como consta na constituição. Porém sabe-se que somos diferentes e que, para haver uma igualdade real, necessário é que sejam todos os diferentes tratados de forma diferencial na medida em que se diferenciam.


Atualmente sabe-se que as mulheres precisam ter seus direitos resguardados, e políticas em favor das mesmas foram criadas para fazer valer tais direitos. As crianças e adolescentes que são muito vulneráveis também estão sendo tratados de forma diferenciada para que não sejam mal tratados. Os idosos receberam em seu estatuto “privilégios” justos e merecidos por servirem ao país.
Sendo assim, acreditamos que tratar uma parcela da população, que desde o descobrimento do país tem sido explorada, escravizada e depois marginalizada, com políticas públicas para provimento da igualdade, não vem a ser um problema, muito pelo contrário. Surge agora no ulular de muitos dos negros que perderam a vida por dias melhores em terras tupiniquins, uma pequena luz que visa o reparo deste trágico momento da história chamado escravidão.

Segue alguns trechos retirados da cartilha do Ibasa que merecem reflexão. Para baixar a cartilha completa clique aqui.
“A questão é que enquanto não for reconhecido o esforço de cada grupo que compõe nossa população – o quanto cada um deles contribuiu, e contribui, para a formação da sociedade brasileira –, seremos sempre o país do amanhã. Enquanto não houver igualdade de oportunidades para toda a população, independentemente de cor, raça, gênero, orientação sexual, origem, renda etc., a concretização do Brasil como nação verdadeiramente democrática estará cada vez mais distante”
“A discriminação racial no Brasil é mesmo bastante particular e precisa ser vista com atenção. Não tivemos apartheid, mas o racismo persiste na nossa sociedade, muitas vezes sem se declarar, aparecendo mais em atitudes e menos freqüentemente na fala.
A omissão também é uma forma de perpetuar o preconceito, seja no que diz respeito a qualquer situação de discriminação que ocorra em sala de aula, seja por não discutir os pro­blemas raciais na sociedade brasileira ou, ainda, por não trabalhar em classe a rica contribuição histórica, cultural e intelectual dessa população.”
Thiago Santos de Amorim

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