11/07/2011
Por Jurema Nunes e Monica ValériaO sagrado constitui uma categoria universal da experiência humana. Uma das formas de relacionar-se com essa categoria é através do que conhecemos por religião. A religião e a noção de religiosidade estão entre nós desde sempre. A experiência religiosa, dizem alguns, está na base da ação social e dá-lhe sentido. Religião seria o resultado do que somos capazes de registrar em relação ao inefável e religiosidade seria a disposição do indivíduo para integrar-se às coisas sagradas. Advindo do latim, re-ligare, pode ser um conjunto de práticas e crenças relacionadas com o transcendental, que tem como elementos derivativos os rituais, os códigos e as leis morais. Enquanto algumas encontram a base de tais códigos e leis nos dogmas, outras têm preceitos e interdições.
A religião dá-nos, através dos ritos, mesmo que mínimos, uma noção de segurança - um como se - que transforma o mundo ameaçador e enigmático - como diria Bronislaw Malinowski (1884-1942), um dos fundadores da antropologia social. A religião é um fenômeno social e individual, inextricavelmente ligado a outros aspectos da cultura e da sociedade. Um exemplo disso é o fato de que, embora hoje, em África, as religiões tradicionais representem uma porcentagem menor que segmentos cristãos e islâmicos, ainda persiste a ideia de que “nascer, casar e morrer” tenha que ser permeado por tais tradições de alguma forma.
Continua. Leia o artigo completo na página do Projeto "A Cor da Cultura"
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Jairo SantiagoProfessor Doutor em Comunicação /ECO/UFRJ
Gostei muito do artigo, ele nos dá uma noção geral da importância do tema Religiosidade na Ontologia Africana e como a criatividade e emoção são expressas através dessas manifestações. Além disso, o texto ainda traz as dificuldades nas relações na sala de aula quando o assunto é a religiosidade africana e como é importante o professor ser livre de preconceitos e saber mediar essas relações. Muito bom!
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