segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A luta pela educação

Ester Pacheco


Integrante do Grupo Memória/História (noite)



A escravidão em nosso país que durou por quase quatro séculos, além de ter


causado muito sofrimento ao povo negro, fez com que ele ficasse à margem da nossa sociedade. Não foi permitido que os escravos tivessem acesso à educação apesar desse direito ser reconhecido na Constituição de 1824, com a obrigatoriedade do ensino do 1°grau.


Com o fim da escravidão, o direito à educação ainda continuou sendo negado, como uma forma de manter as desigualdades raciais e a superioridade das camadas dominantes sobre os excluídos do sistema educacional, ou seja, a manutenção do status quo.




Menos perversa que há algumas décadas quando o acesso de negros


à educação era impedimento legal e posteriormente factual pela falta de


expansão do sistema de ensino público, ainda em nossos dias constata- se, por


meio de estudos quantitativos/ qualitativos, que se em alguns níveis de ensino,


a igualdade racial foi alcançada por meio da presença equiparável de negros e


brancos, o mesmo não ocorre à medida que os níveis de ensino se elevam e as


profissões a eles vinculadas gozam de maior prestígio e com possibilidade de


remuneração mais alta. ( OLIVEIRA: SACRAMENTO, 2010)




O movimento negro tem lutado contra as desigualdades raciais, a fim de garantir o acesso e a permanência dos negros na educação escolar e a igualdade racial entre negros e brancos.



O Estado se viu obrigado a construir políticas públicas que garantissem os


direitos negados a essa população. A implementação da Lei n° 10.639/ 03 e suas


diretrizes, torna obrigatório o ensino nas escolas da verdadeira história desse povo, a valorização da diversidade étnicorracial e a sua importante participação, enquanto cidadão ativo, na construção do nosso país.




Referência:


OLIVEIRA, Iolanda; SACRAMENTO, Mônica. Raça, currículo e práxis pedagógica:


relações raciais e educação – o diálogo teoria/prática na formação de profissionais


do magistério. In: CADERNOS PENESB, Faculdade de Educação, n. 12, 2010,


205-284.

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